terça-feira, 30 de novembro de 2010

Formadores da população brasileira:os negros

Condições de vida
A abolição da escravidão do Brasil foi muito tardia, se comparada à dos demais países da América. Quando finalmente a Lei Áurea foi decretada, em 1888, apenas aqui em Cuba continuava a prática da escravidão oficial.É verdade que naquela época o número de escravos já havia diminuido bastante; segundo alguns cálculos, somente 5% dos negros continuavam cativos.
Porém o fim da escravidão não significou melhora nas condições de vida dos negros, pois eles foram abandonados à própria sorte, sem trabalho e em dificuldades para conseguir moradia, alimento e roupas. Além disso, continuavam a ser vítimas de preconceito e marginalizalos na sociedade. Hoje ainda é possível ver os reflexos dessa história de desigualdade e exploração a que os negros foram submetidos.
A maior parte da população negra brasileira é dos mestiços a ela relacionados está concentrada nas regiões Nordeste e Sudeste, locais onde, no período colonial, os escravos se fixaram.
Diversos indicadores sociais mostram que houve uma melhora nas condições de vida dos negros entre 1996 e 2006, embora elas continuem piores que a dos brancos.
Renda média- É  um dos indicadores mais esclarecedres das diferenças sociais.
Os brancos continuam ganhando, em média, mais que o dobro recebido por negros, sejam eles homens ou mulheres. É importante notar que a renda média das mulheres, brancas ou negras, é sempre inferior a dos homens, o que revela outra forma de preconceito e marginalização social. Os estudos sobre desigualdade concluem que essas diferenças têm uma raíz histórica. Segundo esses estudos, eles seriam consequentes de três fatores: a herança deixada por séculos da escravidão; a tradição de delegar aos negros os empregos de pouco prestígio social e geradores de menos renda; e a exclusãodo negro da educação.
  Educação- No período 1996-2006, a parcela de negros estudando cresceu bastante. Em 2006, 94% das crianças negras cursavam os primeiros anos do ensino fundamental, parcela quase igual a dos brancos. Mas, no ensino médio as diferenças eram  maiores: enquanto 58% dos jovens brancos cursavam o ensino médio, somente 37% de jovens negros o faziam.
Desemprego- O grupo mais atingido era o de mulhers negras, com taxa de 12,2% de desemprego em 2007. O menos afetado era o de homens brancos, cuja taxa era de apenas 5,3%.
A origem dos negros brasileiros

No começo todos negros que viviam no Brasil eram escravos e vindos da África. Eles tiveram filhos que também foram escravos, porque era parte da cultura deles a escravidão quando alguém tinha divida, tendo menos resistência, e com isso os agricultores compravam eles para trabalhar nas lavouras, no inicio nos engenhos de cana de açúcar, depois em outros cultivos, como o café por exemplo. Para os agricultores era muito vantajoso, por ser uma mão de obra barata, e eles somente gastavam com alimento, e caso fossem desobedientes, seriam castigados severamente,as vezes ate de formas desumanas.Alguns negros resistiam, e fugiam das fazendas dos seus donos, e formavam os quilombos, que eram comunidades grandes de negros, escondidos no meio da mata fechada.


Os primeiros negros a serem livres por direito no Brasil, foram libertos pela compra de cartas de alforria, documento que declarava o escravo livre. Mas não adiantava muito, porque o ex-escravo ficava contra o governo, sem dinheiro, sem estudo e se oportunidade, forçando eles a aceitarem trabalhos péssimos.E essa situação não mudou nem com as primeiras leis contra a escravidão, a Lei do Sexagenário e a Lei do Ventre Livre, que não adiantaram muito. A Lei do Sexagenário declarava livre os escravos com mais de 60 anos, agora como as condições de vida deles era péssima, com muitos mal tratos, então a media de vida de um escravo era de 40 anos, e essa lei apenas retardou a solução do problema. Com muita luta, foram livres pela lei áurea, assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888 , mas a vida continuou difícil, como a dos escravos que foram libertos pelas cartas de alforria.

Por serem historicamente pobres, os negros sofrem preconceito ate hoje, sem motivo claro. Em algumas pesquisas feitas, mostram isso.Foram perguntadas as pessoas que cores que elas eram, e foram respondidas mais de três mil cores, mas pouquíssimos negros, mesmo com o Brasil ser um pais com uma média grande de negros na população.Existem também alguns debates modernos, como por exemplo as cotas das universidades. Elas seriam para dar uma chance a pessoas sem condições, ou seriam porque os negros não seriam capazes de passar sozinhos.Alem disso existem muitos outros racismos, ate preferindo dar vagas de empregos para brancos.Isso tudo acontece no Brasil, que tem um grande número de negros na população.

A miscigenação

A formação do caráter nacional brasileiro decorreu da miscigenação do indígena nativo, do português colonizador e do negro africano escravizado. Em seu livro ´Miscigenação nos trópicos´, o prof. Ednilo Gomes de Soárez investiga se dessa miscigenação resultou um povo alegre ou triste (o valor da alma nacional brasileira é a cordialidade, segundo Sérgio Buarque de Holanda). Pretos e índios foram aqui supliciados (nas palavras de Darcy Ribeiro), enquanto os portugueses, sem se desligarem de Portugal, tinham no enriquecimento a única via de compensar a limitação por viverem no Brasil. A escravidão não azedou a alma do escravo, nem suscitou o ódio recíproco entre opressores e oprimidos, ponderou Joaquim Nabuco. A miscigenação brasileira fez nascer um povo novo, com entidade ética e configuração cultural próprias. Ainda nas expressões de Darcy Ribeiro, essa miscigenação distribalizou índios, desafricanizou negros e deseuropeizou brancos.


O prof. Ednilo Soárez relembra Vianna Moog, autor da obra ´Bandeirantes e pioneiros´, de 1954, na qual tentou explicar a distância a separar os EUA do Brasil na marcha pelo desenvolvimento. Nessa tentativa, afastou-se das teorias monocausais ou unilaterais em moda na passagem do século XIX para o século XX, como a teoria antropogeográfica de Ratzel (o homem é o produto do meio), a teoria etnográfica de Gobineau e Chamberlain (existência de raças superiores e raças inferiores), e a teoria do determinismo histórico de Marx (a estrutura econômica depende unilateralmente das manifestações de cultura). Moog manteve sua doutrina apoiada em Durkheim e Max Weber, a melhor tese sociológica da época: o fato social é produzido por ´n´ causas, dentre as quais as físicas, as biológicas, as psicológicas e as econômicas. Assim, a miscigenação havida nos EUA, envolvendo brancos, índios e negros, foi diferente da ocorrida no Brasil, mas não explica, sozinha, a diferença entre as duas culturas. Os EUA foram mais favorecidos pela geografia e a hidrografia (infinidade de lagos e maior rede de rios navegáveis do mundo, além de se beneficiarem de dois oceanos). A ética protestante calvinista também beneficiou os EUA (ela pregava o enriquecimento como a melhor forma de agradar a Deus), além de outros valores, como o associativismo e a dignificação do trabalho.

As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e pureza. É difícil afirmar até que ponto cada elemento étnico era ou não previamente mestiçado.

A miscigenação no Brasil deu origem a três tipos fundamentais de mestiço:

Cabloco = branco + índio

Mulato = negro + branco

Cafuzo = índio + negro

http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=350


Influência negra na cultura

Os negros, trazidos para o Brasil como escravos, do século XVI até 1850, destinados à lavoura canavieira, à mineração e à lavoura cafeeira, pertenciam a dois grandes grupos: os sudaneses e os bantos. Os primeiros, geralmente altos e de cultura mais elaborada, foram sobretudo para a Bahia. Os bantos, originários de Angola e Moçambique, predominaram na zona da mata nordestina, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas

http://www.coladaweb.com/cultura/influencia-negra-no-brasil



Um comentário: